Portugal: o paraíso da arqueologia mundial

Notícias como esta, fomentam a vergonha que todos sentimos por vezes, de algumas pessoas que estão à frente do destino do nosso país e de algumas empresas e que se alastra ao geral do país, por associação.

O traçado da linha de muito alta tensão entre Portimão e Tunes, não pôde ser alterado, quando surgiram estudos que davam os campos electromagnéticos que estas linhas geram, como nocivos para as populações. O consequente protesto das mesmas também nenhum efeito surtiu. Mas pode e deve ser alterada devido a uns achados arqueológicos, no local.

Vergonhoso!

A arrogância, o desprezo e o rebaixamento que tal despacho deixa transparecer, demonstra bem a atitude dos nossos dirigentes, perante todos nós. Por nós, pela nossa saúde, pelo nosso bem-estar, não se pode alterar nada, por tal os estudos ainda não são conclusivos, bla, bla, bla, razão daqui, argumento dali... Mas desconfia-se, há essa hipótese, existe essa possibilidade... Mas não, nada de alterar! No entanto, por uns achados arqueológicos, isso sim, é importante e há que preservar isso, mesmo que, no futuro, os achados possam até nem ser assim tão....

Ou será que, para não dar o braço a torcer, se encontrou por acaso uns pontos de interesse arqueológico na região? Bem... seria ainda mais infantil esta atitude, pelo que, mesmo no actual cenário de pessimismo e desconfiança, recuso-me a acreditar que, por mero capricho, tal seja imaginável, quanto mais possível.

Já agora e por afinidade de assunto, alguém sabe, como estão as gravuras rupestres de Foz Côa? È que já no passado ficamos privados de uma barragem no rio Sabor, devido a achados arqueológicos importantíssimos que, entretanto, “desapareceram” da vida publica nacional e, segundo consta no local, da agenda cultural que tanta importância lhes vaticinou, com enormes vantagens para o desenvolvimento da região.

Agora a linha de muito alta tensão...

Um Dejá vu ou mera coincidencia?