quarta-feira, junho 14, 2006

Os castradores da pluralidade


Educar o público alvo a não conceber nada exterior à fé no produto, favorecer as uniões, os hábitos, os comportamentos, “lícitos” entre pessoas que partilham esta fé, é uma estratégia que vai muito além das técnicas de feedback e de medida da consumer satisfaction. Mais: prende-as. Além disso, a Igreja é formada pelos seus próprios consumidores, logo, auto-determina as próprias exigências de consumo e satisfá-las em tempo real. Nunca nenhuma marca chegou a tanto.

> Bruno Ballardini, Jesus lava mais branco Ou como a Igreja inventou o marketing, Campo das Letras, Porto 2003, p. 123

Quem conhece os meandros da religiosidade sabe bem que de facto e preferencialmente as coisas assim funcionam. Infelizmente!

Assim estão a negar a pluralidade da criação de Deus; Ele não criou apenas flores ou árvores ou mesmo animais... Criou de tudo e deu a possibilidade de tudo interagir e crescer em conjunto, gerando (nem sempre) relações inter dependentes e de respeito entre seres e criações de diferentes... “origens” ou “quadrantes”.

O cão afinal é considerado, não injustamente, o melhor amigo do homem, não sendo necessariamente e totalmente igual a este...

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