É difícil, mas consegue-se: ainda há gente séria!
Ontem, ao chegar a casa e por a Vespa na garagem (sim Vespa, Vespa e mais Vespa e outra vez Vespa e Vespa, com Vespas se pagam Vespas e...), sem reparar, deixei cair os óculos escuros para o meio do chão, no logradouro que fica em frente à garagem, mas que é facilitadamente acedido por qualquer pessoa que passe no passeio. Tanto mais à noite, em que a escuridão do que já foi dia, oculta a maior parte dos gandulos.
Como já disse, nem sabia que os óculos tinham caído, pensava eu que estavam confortavelmente acolhidos no porta-luvas da Vespa (ok, não vou começar, mas sim aqui, ultimamente, só se fala de Vespas! Temos pena; afinal quem escreve sou eu e...).
Hoje de manhã... "Pá, que é que os óculos estão aqui a fazer no meio do chão?" Resultado, os óculos ficaram a noite inteirinha ali à mão de semear e ninguém os levou!
Restam-me duas considerações:
1ª – ou as pessoas são sérias e viram os óculos, mas como são sérias deixaram-nos lá porque os sabiam de outro dono que não eles;
2ª – ou ninguém viu os óculos e por isso nem sequer houve tentação em os meter ao bolso.
( [opção extra que não conta para aqui, mas que eu achei que devia partilhar] 3ª – ou os óculos de tão nojentos, riscados e foleiros [pá... são da Nike, ok?], ninguém os quer para nada!)
Quero acreditar mais na primeira, porque gosto de acreditar que ainda há pessoas respeitáveis, boas, respeitadoras, socialmente correctas... Mas ainda assim a segunda hipótese também se afigura como válida e fortemente possível porque na minha rua, já de dia, quanto mais de noite, poucos frequentadores tem, e mesmo esses poucos que tem são pessoas conhecidas ali do bairro, urbanização, terra, aldeia, ...
Bom não sei, acredito nas duas pronto, com maior peso para a primeira, porque acho mais bonita (Pá, que fala tão amaricada! Que tal pôr as palavras "mais bonita" a cor-de-rosa? Já vos disse que o meu sonho é ter uma Vespa cor-de-rosa?), mas a segunda, além de ser mais plausível, leva menos peso, porque resume o facto de os óculos ainda lá estarem de manhã a uma mera casualidade de ninguém os ter visto. Não gosto de casualidades, nem destinos, nem dessas tretas; as coisas acontecem porque assim surgiu a oportunidade e nós agarrá-mo-la da melhor maneira que sabemos e podemos e mais nada!
Não me venham cá com destinos e casualidades e "big bangs" e tal que isso enfurece-me; como é que alguém pode achar que isto tudo (seja o que for) acontece... por (puro) acaso? Enfim...
Bom era isto (e paremos por aqui, porque senão gasto mais um bom assunto para outro post; os destinos, casualidades e outras "borregadas" que tais)...
P.S. – ok, e então a parte do "é difícil mas consegue-se" que está no título deste post, perguntam vocês... Pois... Foi difícil sim senhora, mas consegui vir de casa ao trabalho sem passar dos 80 km/h, bom... vá lá.... 90 km/h na Vespa. Sim novamente a Vespa; Vespa na garagem, Vespa cor-de-rosa, Vespa nas férias, fotografias da Vespa, Vespa para o trabalho, Vespa do trabalho para casa... Já dava para fazer uma saga... estilo... aliás, tipo... Anita em "qualquer sítio absurdo, mas que se possa escrever qualquer coisa ainda mais parva, mesmo que não tenha acontecido; inventa-se!". Justificado? Pronto, então agora sim, era isto...
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