À solta, pelas ruas de Lisboa...
Não resisto de ouvir as conversas que se vão passando ao telemóvel, nas minhas deambulações, à hora do almoço, pelas ruas de Lisboa, por aí...
Gosto de observar as mudanças que se vão fazendo sentir no teor das conversas à medida que as condições meteorológicas e, mais especificamente, as estações do ano, mais quentes, vão surgindo.
Se no Inverno o motivo mais usual são as discussões ou o apoio mais ou menos psicológico a pessoas que, pressuponho, serem amigas do utilizador do telefone móvel que está ao pé de mim, no mesmo passeio ou mesmo a atravessar uma rua, mais à pressa, no Verão os motivos são bem diferentes...
Passam por relatos de novas conquistas ou contactos mais ou menos levianos que aconteceram nas férias, naquele fim de semana ou porque se olhou para alguém que sempre ali esteve de maneira diferente e afinal ou...
Não é que me interesse particularmente pela vida alheia, gosto sim de observar, no geral, o comportamento do animal a que chamamos homem (coisa parva dar às espécies, na sua designação popular, sempre o nome do macho...) que, afinal e por mais evoluídos que sejamos ou nos consideremos ou mesmo nos esforcemos por parecer, face aos restantes "bichos", não são assim tão diferentes dos restantes... "bichos", está claro...
3 comentários
No fundo o que é engraçado é que os outros tambem podem observar o bichinho que tu és, e não te achar piadinha nenhuma.
Todos somos livres de observar, ouvir, repetir, escrever, pensar o que quisermos (desde que não entre em confronto directo com terceiros, os seus interesses, porque de opiniões sou livre de discordar) e eu, presunção minha ou não, englobo-me aqui neste grupo. Outros serão livres de comentar, sob a capa de um "anonymous", que a todos servirá...
Se os outros me acham piada ou não, sinceramente (e deixa-me que te trate por tu, porque fizeste o mesmo o que pressupõe algum grau de intimidade e conhecimento da minha pessoa, observada ou não por ti, na rua), se queres mesmo que te diga com toda a sinceridade... estou-me a cagar (perdoa-me / perdoem-me a linguagem vernácula)!
Eu, quando observo os outros na rua, não é para lhes achar piada ou não, apenas para ver, reter e assim tentar conhecer e compreender melhor as pessoas e as suas reacções que, mais ou menos, se englobam dentro de um padrão, desconhecido da maioria das pessoas, que passam, olham (olhares que captam meramente e na maior parte dos casos, a parte física dos que passam) e nada retêm.
Claro que posso ou não achar piada ou identificar-me, mas isso já sou eu a analisar perante os meus valores e com base naquilo que acho correcto ou não; afinal um blog serve para quê senão escrever as nossas opiniões?
Ainda assim e tirando todo o grau de subjectividade que as minhas opiniões possam suscitar nos que lêem estas linhas, nunca, mas nunca se leu aqui (ou vai ler) uma opinião escrita literalmente sobre alguém e ou identificando esse alguém, criticando-o ou elogiando-o assim directamente e identificativamente. O mesmo não se passa ou passará com situações que serão abertamente criticadas ou escalpelizadas quando bem entender, dizendo o que tenho a dizer, sem (falsos) pudores!
Depois de tudo isto (e como os que lêem estas linhas e expressam a sua opinião são importantes e por isso dignei-me responder), resta-me agradecer o comentário (afinal é para os "provocar" que eu escrevo), mesmo a alguém que, observando e lendo as linhas deste blog, queira passar despercebido, como eu o desejo, quando observo o comportamento das pessoas na rua...
A vida em sociedade é assim mesmo; observamos e somos observados, mas eu nunca me senti mal com isso. No fundo, no fundo o que é engraçado é que uns importam-se, outros, nem tanto assim...
1 abraço ou 1 beijinho (dependendo dos casos)!
Ca pra mim eh mais 1 beijinho k 1 abraco, isto parece comentario feminino de quem esta interessada no meu priminho mas n recebe nada em retorno...
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