«Não vai abrir, estamos em plenário!»

Foi a maravilhosa frase com que fui brindado, logo de manhã, num dos organismos públicos que pululam pelo nosso país e, como quase sempre, exemplarmente funcionais sempre que deles precisamos. Centros de saúde, piscinas municipais, repartições de finanças, etc, etc, etc...

Perco o comboio para ir a este determinado e especifico organismo, que não vou referir para não ferir susceptibilidades e indicar declaradamente a incompetência de tais funcionários, do estado, organismo publico, pois claro que, tendo gabarito profissional, decidem, no ultimo dia para efectuar certa tarefa, entrar em plenário e furar os horários que estão estabelecidos.

Claro que não tem problema nenhum, por amor de Deus, por quem sois, não sou assim tão rude. Sair de casa mais cedo? Perder o comboio? Chegar atrasado ao trabalho? Que interessa isso perante um plenário (tendo em conta que metade dos funcionários ficarão a "plenar" em casa, nas suas camas, até às 10 / 11 horas) que pontualmente será exercido às 8:30, hora que deveria ter aberto a secretaria? Nada... Causa algum transtorno? Claro que não, ora essa...

Enfim, no fim, por fim... Restou-me fazer cara feia e responder com um silencio reprovador e um aceno, com o mesmo sentido do silencio, de cabeça, para fazer notar o meu desagrado. Resultou? Claro que sim, eu vim-me embora e a funcionária que, rispidamente me informou do plenário, lá ficou... A "plenar", zelosamente via internet... por causa do plano tecnológico, só pode...

"Vivó's" plenários tecnologicamente avançados, carago!