Agora que já não chove...

Hoje, já depois de ter enxugado as meias, as botas e as calças da água que apanhei sem querer e por culpa de terceiros, penso em como realmente os condutores portugueses ou são distraídos ou têm uma enorme falta de civismo. Acredito que sejam distraídos...

Passam nas poças, charcos ou rios que se formam nas estradas quando chove (incúria do governo, IEP e autarquias que têm as estradas num estado lastimável e assim as deixam estar), com um à vontade, encharcando quem anda no passeio, como se nada fosse com eles e não tentando ver o outro lado da questão; e se fosse eu que fosse ali no passeio e apanhasse com um chapão nojento de água porca que o meu carro projecta, quando vai a passar na estrada?

É um hábito estúpido e incivilizado, tanto quanto o é atirar beatas pela janela, tanto quanto o é virar sem sinalizar devidamente a manobra, tanto quanto o é não parar nas passadeiras quando os peões querem passar...

Sim tudo bem há distracções e eu também as tenho, mas sistematicamente? Carros uns atrás dos outros a fazerem a mesma coisa? Não é defeito, distracção ou seja o que for de casual; é sintoma de individualismo, “chico espertismo” e egoísmo, exacerbados, extremados!

Eu, as minhas necessidades, o meu bem-estar, os outros que se lixem! Aliás temos muitos outros exemplos que muito boa gente que pensa assim em Portugal, principalmente nos altos cargos governativos, de gestão e de direcção do nosso país.

Será também a crise a fazer das suas quando chove? Como é a desculpa universal, para todos os males, pode ser que cole; vou repetir: é a crise, é a crise, é a crise, é a crise, é a crise...

Ok, está visto; a culpa é efectivamente da crise!