Será que a curiosidade, matou realmente o gato?
Os pombos, por exemplo (generalizando todos os animais), passam com tanta indiferença ao lado de um semelhante seu em agonia ou mesmo sem vida, como de uma pedra de calçada, de uma erva daninha, de um automóvel, etc.
Já os humanos são movidos por uma curiosidade mórbida e desmedida no que diz respeito, principalmente, aos seus semelhantes. A vulgo cusquice...
Gostamos de saber o como, o quando e o com quem, o onde e o porquê. Abrandamos no trânsito, quase parando, para espiolharmos o acidente que ocorreu no sentido contrário, comentamos que esta anda com aquele, que já andou com a outra, que é filha de fulano que dormiu com a vizinha do R/C Esq., imagina como ficou a mulher coitada, ah e sabes que ela é prima do...
Insistimos em observar os sentimentos de dor dos outros para podermos comentar e dizer o “coitado(a)!” da praxe, lamentando a sua profunda e de insondável origem, onda de azar.
Olhamos com curiosidade para as pessoas que conversam alto e se possível, tentamos capturar algo para contar a outros, escrever em blogs ou tantos outros métodos de partilha que os humanos aperfeiçoaram e criaram (e continuam) ao longo dos tempos.
É porque, dizem, sermos seres inteligentes. Também porque vivemos em sociedade.
Talvez...
Por isto mesmo pressuponho que o gato não morreria de curiosidade, mas quanto muito ao perseguir alguma coisa, com o objectivo de a caçar, por exemplo.
Imaginemos um rato ao atravessar a estrada e o gato a correr atrás dele... Poderia ficar debaixo de um automóvel (o gato), que por azar iria a passar naquele instante. Ou mesmo ao tentar apanhar o pombo que aqui falei no início e o dono do pombal a onde o pombo pertence, estar a observar a cena e mandar uma pedrada certeira e fatal no gato.
Será que estes pormenores podem ser considerados curiosidade? Não creio!
Os animais agem com base sempre em alguma coisa, antevendo a sua sobrevivência futura. Não estou a ver um camaleão interessado na rotação da Terra ou nos movimentos astronómicos que condicionam a vida no mesmo planeta. Um burro, também não se vai interessar por cozinha vegetariana, mesmo sendo herbívoro. Ou, igualmente complicado e improvável, um elefante analisar a composição microscópica de um núcleo de um qualquer átomo.
Os humanos sim, são curiosos e com essa curiosidade têm “evoluído” (será que sim?), agora os animais têm instinto, que os levam a estar vivos.
Claro que há animais curiosos, mas a esses os cientistas chamam de nossos semelhantes ou antepassados, e assim ficamos todos em harmonia novamente, eles e nós. Eles porque serão como nós um dia, nós porque quando eles forem como nós agora somos, nós seremos melhores do que eles, porque a nossa curiosidade despertou primeiro e essa vantagem nos patamares de inteligência evolutiva, ninguém nos tira.
Talvez nessa altura já não exista Terra, nem nós, nem eles...
Bom, então afinal quem será, nessa ocasião, o mais inteligente ou curioso? Nós, que fizemos um planeta suicida e que não nos servia ou eles, que habitaram num planeta harmonioso e em que tudo abundava?
Uma perguntinha com quatro palavras apenas, uma virgula e um ponto de interrogação: inteligência, curiosidade ou instinto?
2 comentários
eu sou a cusca mor, mas sou boa gente e n faço por maldade, LOLOL!!!!!!!
de certo q o mais inteligente foram eles.. e nós os mais curiosos.. :)
o q quer dizer q nem smp a curiosidade é sinal de inteligencia.. ;)
*beijinhos*
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