terça-feira, março 13, 2007

Título? Nem «coizo» para isso tenho...


É curioso que numas fases da vida temos tanto que dizer, escrever, barafustar, gritar, sei lá e outras há em que nada temos para dizer... Não porque a vida se tenha tornado monótona, chata ou irritantemente simples que nada poderia ser dito dela. Pelo contrário, a vida e o mundo continuam com muito que se lhe diga, se escreva e se partilhe...

Estou a atravessar uma destas fases; não tenho nada para dizer, não consigo articular nada de jeito. Por muito que me esprema, não sai nada para deitar cá para fora (aqui, as segundas interpretações são altamente prováveis), que seja minimamente interessante e da qual me possa orgulhar ao ponto de as aqui escrever. Bom, não teria necessariamente que me orgulhar, mas, mesmo que assim fosse e escrevendo aqui na mesma, qualquer coisa que seja, parvoíce, maledicência (coisa que, aqui estou nitidamente a gabar-me, acho que faço minimamente bem), mas nem isso, nada, dá para perceber, certo? Ausência...

Podíamos aqui enveredar pelo caminho da conversa de ocasião para encher chouriças, reparando com o tempo de repente aqueceu imenso e como ouve tolinhos que foram logo a correr para a praia a modos de apanhar os primeiros banhos de sol. Estes tugas... Agora pensam que vivem num país tropical! Esteve bomzito... Há é pessoas que abusam logo e... Não por aqui não vamos...

Podia também tentar exprimir alguns pontos de vista e ainda relacionado com o bom tempo, que dizem que no Verão a crise eterna em que este país se encontra mergulhado, passa despercebida. Não porque a conseguiram resolver, mas porque todos correm para as praias, esplanadas e demais lugares estivais de ócio, esquecendo-se de que os parcos euros que obtêm ao final do mês continuam escassos e que nem por isso as coisas estão melhores. Mas como já ouvi dizer muitas vezes, desde que haja sol, praia e cervejolas fresquinhas, tudo bem. Até dá para sair do trabalho às 18 e ainda ir apanhar um solzito e umas ondas que mais pode querer um homem (estendo às mulheres)?

Pois sim, pois sim...

Acho que me vou render à evidencia de não ter nada para escrever... Encher chouriças de obra literária preciosa (pois, aqui refiro-me aquilo que eu escrevo) nunca foi para mim, tanto que eu gostava mesmo e se nos cingirmos às actividades mais tradicionais (como o fazer chouriças), era de ser apicultor. As abelhas sempre me fascinaram... E ainda não desisti da ideia!

Podia tentar falar de tanta outra coisa, a ver se salvava isto...

Um pouco de fotografia... Não... Não percebo grande coisa, sou mais um amador que gosta e se safa apenas e só para uso doméstico...

Mecânica... Também não sou especialista, apesar de em pequeno ter sonhado ser um deles, para e cito “poder andar todo sujo”... Já em pequeno era esperto que nem um alho...

Falar de Vespas... Gosto, faço, mas é nas minhas e chega, mas ultimamente nada digno de registo, além de que começava a tornar-se um pouco monótono, sempre o mesmo e mais do mesmo, para variar...

Inspirar-me em mails de piadas e colar aqui algo que tenha recebido... Confesso; tenho-os apagado a eito. Ando sem paciência para as correntes dos pobrezinhos de não sei onde ou das piadas com 20 anos que já li não sei quantas vezes. Ficam cá uns dias, a ver se ganho coragem, mas depois, lamento, vão todos pelo mesmo sítio...

Do estado do país, dos governantes e por aí fora nessa estirpe, seria também monótono e chover sobre o molhado, porque o povo (e eu sou e serei povo sempre, não associem povo ao negativismo com que normalmente é empregue) já se começou a aperceber que as notas da cantiga que lhe sopravam aos ouvidos, e que na letra metia crise, não aumentos, recuperações económicas, saneamento das contas públicas, etc., etc., estavam numa escola errada e descompassadas entre elas. Vamos ver até quando...

Conclusão, ou está tudo a entrar nos eixos ou sou eu que estou desinteressado. Se calhar a segunda... Daqui mais duas hipóteses surgem... Ou estou desencantado com isto tudo ou como o calor está a começar, quero é praia, sopas e descanso, miúdas (que eu não me meto com... p.... meretrizes) e vinho verde (geladinho)... Se calhar novamente a segunda...

Safam-se os políticos, ressentem-se as economias e confirma-se a tese de que no verão a crise é sempre atenuada. Não, não acredito que seja pelos trabalhos sazonais e pela entrada de divisas dos muitos estrangeiros que nos visitam. A julgar pela crise que também dizem andar instalado no sector do turismo e dos muitos milhões que os patrões dizem deixar de ganhar e que usam para, não aumentar quem trabalha, bla, bla, bla...

É um facto que o mal é começar. Estas linhas todas são prova disso. Sem ter nada para dizer, enchi isto de linhas, sem qualquer sentido, conteúdo ou interesse.

Fim

1 comentário

Anónimo disse...

Olá primito!

Bem, com esta chouriçona que aqui encheste podemos juntar a família toda para um almoçarão (e ainda sobra pró jantar, hehe)!!

Mas é verdade, muitas vezes tenho muito em que falar, comentar e pensar, e outras vezes, nem para pensar chega o assunto, ou o interesse... Não que escreva muito no meu blog (ainda vou no terceiro já nem sei há quantos meses), mas mais no dia-a-dia. No meu caso não é desinteresse, mas sim falta de vontade ou cansaço... Pode ser que também seja isto que se passe contigo.

Beijoquitas da prima, e ainda não desisti do Alvito!!!