A entrevista
Não gostei de ver o José Sócrates na televisão. Principalmente na “primeira parte” da entrevista, em que se falou da questão da UnI, se é ou não licenciado, como, quando, porquê... Pareceu-me atrapalhado, atabalhoado, indeciso, mal preparado. Não sei se pelos anos que já passaram, se pelo teor ridicularizante da situação, mas não gostei; deu a ideia de gato escondido com rabo de fora, apesar de tentar provar o contrário...
Na “segunda parte” foi mais do mesmo. Aeroporto da OTA, aumento dos impostos, reformulação do sector da saúde, crescimento económico, etc. O mesmo discurso, as mesmas ideias, as mesmas saídas, as mesmíssimas conclusões.
Pelo que nos foi dado a ver, acho que não valia a pena o Sócrates ter ido esclarecer-se perante o povo. Tanto mais que, vistas bem as coisas, as novelas poderão ter tido mais share, demonstrando o interesse que o povo terá tido no seu esclarecimento...
Resumindo, saiu enfraquecido, o primeiro-ministro, porque permitiu uma (“primeira parte” de) entrevista fraca, em tom acusatório e sem qualquer interesse público, privado ou corporativo. Portugal saiu a perder porque a política ou o interesse do país ficou reduzido, nos últimos tempos, ao que o cidadão José Sócrates, agora primeiro-ministro, fez ou deixou de fazer.
Triste exemplo... Afinal o que interessava debater não se debateu e quem foi a debate, não foi quem deveria ter ido.
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