sexta-feira, junho 29, 2007

Há dias de manhã, em que um homem à tarde, não pode sair à noite, nem voltar de madrugada


Foi de certo o que o condutor da moto, que estava a entrar para a ambulância, ontem de manhã, estava a pensar. Ou não... literalmente não, tudo bem, mas seria algo semelhante, quase que teimo...

A razão do acidente deverá ter sido as ultrapassagens que os motociclistas fazem por entre os carros, nas filas de transito. Depois, alguém, num automóvel, quatro rodas, maior segurança, mais descontracção, decide dar uma guinada, virar de direcção, sem fazer o devido sinal e... está tudo feito; podemos chamar a ambulância.

Claro que sendo eu um vespista (N.T. gajo que anda de Vespa), ver tal cenário logo de manhã, pouquíssimo depois de sair de casa e ainda meio a dormir, fez-me pensar que tenho alguns panoramas, pouco vastos, para que tal situação me tenha acontecido apenas três vezes, nos meus dez anos de andar de Vespa por essas estradas, voltinhas curtas, percursos médios, viagens longas e deliciosas.

Serei sortudo? Serei cauteloso? Bom condutor?

Logo a seguir não consigo ziguezaguear pelo meio dos carros mais ou menos inconscientemente, como sempre fiz, mas é uma questão do tempo... É quase inevitável que no dia-a-dia façamos tal habilidade, quando temos um veículo de duas rodas sobre o nosso comando. Não fosse essas uma das (grandes) vantagens de calcorrear as vias de Vespa, além, claro, do enorme prazer que isso me dá.

Sempre se disse que o que não tem que acontecer não acontece e, aliado a isso, a atenção e o reparar nos sinais que fazem o plim do alerta em nós, tenho-me safado. Não sou melhor nem pior, tenho-me safado! Também poderá ajudar o gostar muito da minha Vespa e de me sentir a pessoa mais infeliz do mundo, quando algo lhe acontece, então em caso de queda, olhar para a Vespa esfolada... Dói-me mais isso do que todos os ferimentos que possa ter!

Andar de Vespa, estendo a todos os veículos de duas rodas, poderá ser perigoso, mas sabe tãooooo bem, dá tantoooooo gozo!

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