(des)Preocupação

Acho que o poder interventivo de uma pessoa, vai vivendo de altos e baixos. Por vezes desanima-se e põe-se em causa tudo aquilo (ou grande parte daquilo) que tínhamos como certo e acerrimamente defensável. Sentimos que por mais que lutemos, nada vai mudar! Infelizmente para os nossos ideais e capacidade de sonhar e idealizar e, se estivéssemos certos, para aqueles que nos rodeiam.

Estas variações acontecem devido a um sem número de razões, explicáveis, umas, inexplicáveis, outras, que podem passar por influências externas ou mudanças internas de humor ou de uma paciência que se vai esgotando com os anos ou da flexibilidade de pensamento que se vai perdendo, com o convívio continuado com pessoas indesejáveis e, igualmente, pouco flexíveis no que a ideias ou convívio em comum, se trata.

Não quer com isto dizer que a vida estará perdida ou que o relacionamento saudável entre pessoas poderá estar comprometido para todo o sempre, mas estará, certamente, mais dificultado, com tanta inflexibilidade e pouca vontade de ultrapassar este ponto, de ambas e múltiplas as partes envolvidas na situação.

Um escape para a frente poderá não ser solução, mas o continuar no mesmo marasmo de indiferença, impaciência ou saturação, não o será de certeza. Como a vontade de fazer o que quer que seja também não abunda, ficamos com um problema de difícil resolução...

Toda esta lengalenga se poderá aplicar a um sem número de situações por que passamos no nosso dia-a-dia, desde a pessoa que não deseja ser respeitada e por isso não respeita os outros, até ao gajo que escreve, para que todos possam ler, lições de moral (moralmente indefensáveis, vindo de quem vêem), supondo-se melhor que os outros. Desenganem-se; poucos haverão piores do que eu para tal tarefa e por isso, as lições de moral ficam-me mal mas assentam-me bem!

Dêem-nos uma toalha na praia, virada correctamente para o astro pai e está tudo na sua correcta ordem cósmica e em harmonia com todos os demais elementos... Eu, é o que tenho feito ultimamente...