quarta-feira, novembro 07, 2007

O efeito de imitação


Com o acidente da A23, está-se a assistir ao efeito supracitado, fomentado pelos meios de comunicação social, televisivos com preponderância. Talvez não possamos apelidar literalmente de efeito de imitação, mas que têm sido noticiados acidentes, atrás de acidentes, é um facto. Ora acidentes, como alguns dos que têm sido noticiados, acontecem todos os dias, não são novidade e nunca tendo merecido destaques na comunicação social, porque o têm agora?

Neste caso ainda, acho caricato a atitude dos nossos políticos. Ninguém retira o peso desta situação, nem a tragédia que lhe está inerente mas, o Presidente da Republica fazer um comunicado para apresentar as condolências às famílias, o Ministro da Saúde ter ido de propósito ao hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, o Primeiro-Ministro ter falado do assunto na Assembleia... Não se passa mais nada no país? Não têm os nossos dirigentes nada mais de interessante para falar ao e sobre o país?

Podemos referirmo-nos ao caso de Entre-os-Rios, igualmente trágico e que moveu o país de igual modo durante meses a fio com a história de faca e alguidar que se construiu à volta do acontecimento e que envolveu também alguns membros do Governo da e na altura. No entanto existe uma diferença. O acidente de Entre-os-Rios foi provocado pela falta de manutenção de um bem público, afecto a um Ministério. É compreensível que fossem envolvidas as mais altas entidades do país, não compreensível no entanto os meses que demorou todo o circo mediático e político.

Neste caso recente da A23... Tivemos o IP5 (renovado para A25 e bem melhor em termos de segurança), temos o IP4, o IP3, a EN 125 e tantas outras que provocam diariamente acidentes graves e com mortes...

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