Os portugueses altamente bué da fixes
Tanto alarido por causa da eleição dos Maiores Portugueses, não dá para perceber!
Que importância tem que tenha ganho o Salazar e ou que em segundo lugar tenha ficado o meu camarada Álvaro Cunhal? Choque dos choques, ficaram à frente do Dom Afonso Henriques!!!
Só nos mostra a arbitrariedade da sociedade portuguesa, dividida entre a bela e o monstro, entre a espera do Dom Sebastião e da Sagres preta fresquinha, que virá com um pires de caracóis a acompanhar.
Só nos mostra que efectivamente quem participou nesta votação foram reformados inconformados com o rumo do país que não compreendem e não aceitam o porquê de não ter reforma se toda a vida não descontaram para a segurança social. Mas tinham que receber, ora bolas! Injusto, de facto...
Uns vêem a salvação na pele do Cunhal, de produção nacional, rijo e o mais idealista, que nos virá restituir o sumo da economia global (chamaram-lhe euros) e que a todos os trabalhadores é devido e nunca aos patrões, esses abutres oportunistas.
Os outros vêem na bela Salazar a face idílica e prazenteira de um Portugal que passou próspero, mas podre, moralista mas viciado, em que os poderosos o eram só porque tinham e corrompiam as regras do jogo que só eles jogavam. Quem ficava de fora definhava a ver o que lhes passava diante dos olhos, toda a espécie de barbaridades e selvajarias. Mas calados, porque mesmo sabendo-se que o Salazar não era surdo ou mudo, para não deixar falar ninguém durante o jogo, gostaria por certo de muito silêncio à sua volta e, qual criança, gostava de ganhar sempre, fosse através de que meios fosse.
Tem isto alguma importância? Que nos interessa o passado distante, morto e enterrado? Só mesmo quando para tentar fabricar audiências que não se têm e ganhar algum dinheiro com os incautos que ainda vão nestas acções de marketing popularuchas, pensando que podem mostrar o seu descontentamento com o estado actual das coisas, relembrando e entronizando os fantasmas de um passado que quando era presente, ninguém gostava e todos criticavam!
Mas baixinho que o Salazar não gostava nada de barulho à sua volta...
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