«Você é o ele mais fraco: adeus!»

Foi preciso morrer mais uma pessoa devido a um ataque de cães, para se voltar novamente a falar do assunto à boca cheia e merecer destaques de todos os telejornais, jornais, blogs e muitos outros meios. Todos sabemos que há cães e cães, mas também sabemos que há donos e donos.

Acho que é injusto culpar os bichos quando os donos, a meu ver, são os maiores (se não os únicos) culpados nestes casos, em que o melhor amigo do homem, se torna no seu mais cruel, sangrento e obstinado inimigo, qual carrasco medieval requintadamente retorcido.

Existem leis que obrigam os donos a andar com os cães na rua com açaime e trela... Quantos de vós vêm os vizinhos, quando levam os bichinhos à relva do jardim, terem preocupação com açaime do seu bicho de estimação? Quantos não soltam o bicho, para ele dar uma correria, depois de uma dia inteiro fechado em casa? (já nem vou perguntar quantos apanham a porcaria)

Ora a questão está em que os bichos, como sucede com os seus semelhantes humanos, são a imagem daquilo que têm em casa, que vêem, que lhes ensinam e dos castigos e repreensões que lhes infligem.

Há raças de cães mais predispostas para a violência que outras, não discuto, porque se o fizesse seria mais um hipócrita que defende o seu ideal à custa de não querer ver os pontos de vista divergentes do seu. Mas já vi Pit Bull mais calmos e pachorrentos que uma lesma e caniches mais assanhados e agressivos que uma leoa a defender as suas crias.

Ninguém discute que os bichos sejam punidos, mesmo que isso seja à custa da própria vida dos ditos (porventura existiram outros meios de o fazer, mas, a perfeição é a utopia que faz o mundo avançar), mas não teriam os donos também que o ser? Sei que já o são, mas serem-no mais severamente...