segunda-feira, outubro 16, 2006

Stuck in the traffic (ou a demência de não ter tempo e ou saber o que escrever)


Não percebo as pessoas que vêm todos os dias de carro para o trabalho ou fazem dele (o carro) o seu meio de locomoção dentro das "grandes" cidades portuguesas (o grande entre aspas, porque se compararmos as nossas cidadezinhas rurais com as grandes cidades europeias ou mesmo mundiais, só nos podemos rir, ou quanto muito, pôr o grande entre aspas... para não ficar mal, pronto).

Perder horas e horas a fio nos engarrafamentos e confusões do trânsito só por comodismo, não consigo entender. Mais ainda, como a maior parte dos carros que se vêem no trânsito terem apenas e só uma pessoa lá dentro. Ainda se fossem mais, ok, vão todos para o mesmo sítio, mais ou menos e aproveitam a boleia e vão todos de carro. Ok, sim senhor, é (mais) compreensível, mas com uma só pessoa?

Isolar-se do mundo, alhear-se da realidade e enfiar-se dentro da sua chapa com portas, volante e motor, + 4 rodas... sozinho?

E depois chegar ao trabalho tarde (o trânsito é imprevisível), alguns dias, ganhar cabelos brancos e neurónios cansados no stress do "deixa passar, não te deixo passar a ti, mas deixo o outro que deixou também, não apertes que não me metes medo, olha-me este, parvalhão do camião fia-se no físico" e tal, e tal, e tal... Não é para mim com certeza!

Ver as horas a passar, a gasolina a ir-se, o tempo de entrada a fugir...

Quase que dá para ter filhos no trânsito e ninguém se aperceber. Vá, exagero; aperceber-se-iam da coisa se se quisessem enfiar à "má fila" à frente do tal carro, onde se estava a parir (parece que o termo técnico da coisa, utilizado entre pediatras, parteiros e outra gente da especialidade, apesar de dar à luz, ser muito mais bonito e suave, idílico e amoroso. Parir é rude!) e ele não reagisse, porque de outro modo a impessoalidade, o "salve-se quem puder" e o "cada um por si" que se vive no trânsito, facilitariam o passar despercebido da coisa, que, apesar do nome técnico é importante para a continuidade das filas de trânsito, pois é um candidato no futuro para continuar tão sublime acto da evolução do homem; a fila de trânsito!

Ou não!

Pode ser um activista ecológico qualquer que, lutando contra as filas de trânsito, opte por andar a pé. A pé? Pois claro a pé, que os transportes ditos públicos não são alternativa, pelo menos nos moldes actuais. Se morar na margem de um rio e tiver que o atravessar para o outro lado ou arranja uma canoa ou vai a nado...

Enfim... é melhor para por aqui que isto está visto, não vai a lado nenhum. O carro não é porreiro por causa das filas de trânsito e o camandro, os transportes públicos também não, então no que ficamos?

Comprem VESPAS (atenção ao Vespa com letra grande, Vespas com mudanças. Reparem na imagem que aparecem quando seguem o link... É uma VESPA!) e vamos inundar estas estradas!!!

(repararam como saí, mais ou menos, airosamente desta embrulhada escrita? Viram? Viram? E ainda por cima pus Vespas na coisa, heim? Supimpa!)

1 comentário

Rita disse...

meu querido, ter filhos no transito n digo, mas faze-los n era mal pensado :P e tinhas que vender o teu peixe, que é como quem diz, falar de vespas ; ) eu levo o carro tds os dias p o work - ou n morasse eu em lisboa e trabalhasse em queluz. e vou sozinha (companhai aceita-se, ahahahha). beijos